Foram 21 anos.
Uma vida.
Eu cheguei a GETEC em 1978. Fui apresentado ao jovem
Dr. Aloysio Xavier por Adriano Moreira, cunhado de meu irmão Sidney. O Sidy havia trabalhado na GETEC nos 10 anos iniciais
da indústria.
Aqui, como todos nós que tivemos a sorte de trabalhar, aprende-se muito.
Comecei como laboratorista, trabalhando em turnos no Controle
em Processo, junto ao processo de fabricação do Sorbitol e de seu sub-produto o Manitol.
Fiquei na função por 5 anos, evidentemente com mudanças de cargo.
O acompanhamento da produção, diretamente no campo fabril, traz um excelente
aprendizado profissional.
Nesse campo, cuidava de reações de hidrogenação,
hidrólises ácidas, eletrolizadores, centrifugação e unidades de tratamento
de íons, entre outros.
Havia também o processo correlato do Manitol e Sorbitol Sólido (dissolução, cristalização, centrifugação, moagem, secagem e embalagem),além do catalisador de Níquel
Raney, que era produzido para consumo.
Veio depois de alguns anos, a unidade de fabricação de Dextrose
anidra onde atuação de acompanhamento da qualidade diferenciava-se pelo processo ser enzimático.
Tive uma passagem pelo Controle de Qualidade e lá os processos de
recebimentos de matérias-primas (HCl, NaOH, Acúcar, Amido, etc) e análises finais para liberação
de produtos.
Fui "selecionado" para auxiliar no laboratório de cromatografia (até
então um campo restrito a poucas pessoas dentre os laboratórios), ao sr. José Carlos Trindade, que me ensinou o
básico e necessário para que surgisse em mim a paixão e o entusiasmo pelo setor.
Voltei ao Controle em Processo, como analista responsável
e feriador, cuidando da organização do setor na parte pessoal e material, auxiliando aos colegas dos turnos e cobrindo
suas férias, quando necessário, nos dois laboratórios das unidades de Sorbitol/Manitol e Dextrose.
Com a saída do sr. J.C. Trindade, inesperada para a gerência, fui designado
por minha chefia, a sra Alice Fernandes, para o setor de cromatografia outra vez, dessa
vez sozinho e contra a vontade da gerente Dra Vera Cunha Pereira, que deu-me um prazo de seis meses
para conseguir feitos que só o antecessor sabia.
Além de cumprir seus desafios, mudei radicalmente a relação do laboratório
com a produção, abrindo a todos e implantando o controle direto nos turnos, depois de treinar o pessoal e manter a organização.
Nesse período, completava minha formação acadêmica e neste setor, permaneci
até 1999, quando veio a demissão, creio por motivos fúteis da direção em retaliação aos colegas do CQ
que passaram a direção sindical.